quinta-feira, 19 de abril de 2012

Céu carregado de nuvens cinzentas

A acreditar em recentes sondagens, divulgado, a larga escala, na comunicação social inclusive por altos responsáveis da igreja, Portugal perdeu, nestes últimos anos, mais de 2 milhões de fieis.
Surpreendido?, não! Nem me vou rir, não está de acordo com a minha índole, mas não me privo de recordar, os incessantes alertas que, desde há mais de 15 anos, tenho vindo a dar, através da imprensa regional, e mais recentemente, Twitter, facebook, blog e não só, que o céu estava carregado de nuvens cinzentas, e  vou dar um exemplo, entre muitos outros, alguns de extrema gravidade: Quando um padre «veste» uma cor partidária, está a afugentar (a dividir) fieis da igreja, ou seja, quem discorda da sua atitude, com agravante de ainda tratar, quem não é da mesma cor política, com desprezo e arrogância. Note-se que grande maioria dos que frequentam a igreja seguem as mesmas pisadas...para pior, tal é, por vezes, o fanatismo ...tudo regado com gritante falta de humildade.
Apercebi-me, desde a minha tenra idade, de inaceitáveis «tretas», veja só: Há 6 décadas atrás, quem quisesse comungar, depois de ter comido, teria que pagar a «bula?!» (taxa)», que já não está em vigor. Ora, filho de mãe muito pobre, como era o meu caso, já nessa altura, tamanha injustiça, fazia-me subir os «pirolitos» à cabeça.
Repeti, à exaustão, em crónicas alegóricas a festas, Natal, Páscoa, etc, os perigos da incompetência dos responsáveis, em adaptar a igreja aos novos tempos, em vez disso, acomodam-se, muito bem, a grandezas, esquecendo-se de que Cristo andava descalço ou de «alpercatas» ...nesse tempo nem chancas havia.
Não me incluo nos 2 milhões de infiéis, apesar de parcialmente praticante, e a não ser por mais, nunca trairia a escolha que minha querida mãezinha fez: católico.
O repudiar deploráveis excessos, não me impede, de forma alguma, de adorar as inúmeras belas obras de Arte da  instituição igreja.
Quem busca a verdade, acarreta inimigos ...foi, e de que maneira, o meu caso. Não procuro ser menino bem comportado mas, contra fatos não há argumentos. 
O «cancro» maior, é a falta de humildade.