sexta-feira, 1 de março de 2013

Arques bailarico d'outrora



















Arques bailarico d'outrora, com a juventude no meio de espessa poeira, pé descalço, braços no ar, dançava as tropilhas, até os sapatos (pele) romper. Era fora da taverna de António Cunha, vulgo «Ti Antone Béstia», a 10ms do Largo Souto das Catas, ao som da concertina de Manuel Manso dos Reis, vulgo «Ti Manel Sanica», com a malguinha verde tinto sempre à mão.Tempo em que o «Ti Antone Béstia» (irmão de minha avó materna, «Ti Maria da Quinta») precisava de acender, no Inverno, um papel ou outra coisa, para aquecer a bombinha do azeite que vendia, para que este ficasse liquido.

 Com a concertina, «Ti Manel Sanica» (primo de meu pai), punha a juventude em alvoroço ...de tal forma que o larguinho, frente à taverna, era pequeno para tanta gente ...transbordava para o Largo Souto das Catas. Note-se que vinha mocidade de toda a freguesia inclusive forasteiros ...recordo-me de que alguns até encontravam no bailarico a mulher da sua vida.
Foto 1;  «Ti Manel Sanica» (já antes publicada).
Foto 2; «Ti Antone Béstia».
Foto 3; A malguinha de vinho, sensivelmente a mesma de há 6 décadas atrás (esta era da minha mãe, «Tia Olímpia da Quinta»).
Foto 4; A taverna, no rés-do-chão da casa, agora moradia de uma neta ...era neste  «banco», à direita, talhado no penedo, que se sentava o tocador de concertina (e a mlaguinha de vinho ao lado), enquanto os jovens e não só, bailavam.
Curioso é o fato de eu não dançar, talvez por vergonha e, sobretudo, desajeitado, para, espante-se, 10 anos mais tarde, esfarrapar-me todo nas ruas de Paris, França, a dançar o twist ...não tenho explicação ...é que ainda hoje sou maluco pela dança.
Nasci n
sopé do Monte de Roques, Lugar de Arques, Vila de Punhe.

















Sem comentários:

Enviar um comentário