sexta-feira, 8 de março de 2013

Tenebrosa década de 90 Avé Maria



Durante umas férias de Verão, no final da década de 70, fui convidado, juntamente com meus pais, para a missa nova de Monsenhor José A. Ribeiro Gomes, vulgo «Zé carioca». 
Nesse dia foi concretizado o maior sonho de sua mãe (Lála da Florista), que era o de ter um filho padre ...o primeiro e único no Lugar de Arques.
Foi, desde que tenho memória, o maior evento naquela pacata aldeia, situada no sopé do Monte de Roques: tapete florido, a partir de sua casa, até ao fim do largo onde moravam meus pais (junto à taverna), lindamente engalanado, como documenta a foto.
Sabia-se que era frágil, no que respeitava a saúde,  mas, mesmo assim, a sua inteligência era tal, que foi chamado para junto do Papa, Vaticano.
Em 1993, e no espaço de 8 dias, faleceram os pais  e, 6 anos mais tarde (1999), foi a vez dele, tinha apenas 47 anos de idade. Note-se que, na década de 90, para além da morte de Monsenhor José A. Ribeiro Gomes, e dos pais, também findaram os meus pais.
Sabia que a ignorância da junta de freguesia (e amigalhaços) é de tal ordem, que chegou ao ponto de atribuir, por altura da definição toponímica, nomes de ruas a padres, «padrinhos», professores, etc, deixando de fora um dos mais brilhantes filhos da terra, Mons. José A. Ribeiro Gomes?! Nunca ninguém tinha ido tão longe. O que me levou a vestir a armadura, para feroz batalha, sem tréguas, que só terminou alguns anos mais tarde, quando foi feita justiça, como pode ver-se numa das fotos.
Foto 1; no dia da missa nova, filho ladeado pelos pais. 
Foto 2; Monsenhor no Vaticano.
Foto 3; Graças à minha persistência, a «Quelha dos Poços», passou a chamar-se «Rua José A. Ribeiro Gomes».
Tenebrosa década de 90, Avé Maria. 

Sem comentários:

Enviar um comentário