quinta-feira, 31 de maio de 2012

De funeral a troféu e à dor do cotovelo

Se calhar o leitor já tinha reparado que tenho pouco jeito para passar o tempo a queixar-me de tudo e de mais alguma coisa, ou tentar passar por vitima, mesmo quando não tenho razão. Claro que não, prefiro embarcar no humorístico; defender causas (advogado falhado ...como já era em Paris, França); compartilhar algumas partidas que a vida nos vai pregando, como é o caso de «De funeral a troféu e à dor do cotovelo».
Fui o vencedor do troféu de melhor colaborador de um jornal regional, ano 1998/1999, e cuja «soirée» de entrega foi a 16 de Outubro de 1999, na Quinta do Carvalho, em Sª Marta ...e que provocou ruidosa inveja noutros colaboradores do referido jornal, em particular nos «inteletuais» (como acontece na minha própria terra, Vila de Punhe). Note-se que era o voto do leitor quem elegia o colaborador preferido.
Depois de ter recusado, durante bastante tempo, ir receber o troféu, à referida «soirée», a minha parente, Alexandrina (que na altura trabalhava na redação do jornal), convenceu-me de que não me ficaria bem ...e fui.
Parece que adivinhava ...minha intuição, mais uma vez, estava certa: Mal acabei de receber o troféu, levantei-me, para ir à casa de bando, quando um dos «inteletuais», que me tinha seguido, levanta a voz, para me gritar, que o prémio foi injusto ...ele (nunca ganhou nada) é que era um justo vencedor (confesso que não gostava do que ele escrevia).
Apesar de ter sido malcriado comigo, dosei a minha resposta, que foi: A casa de banha não é consultório para agudas dores do cotovelo. (Ficou, sozinho, a «rilhar» nos dentes). 
Nessa terrível tarde de16 de Outubro 1999 (anote bem as datas, nas fotos), estava destroçado, como pode ver-se na fotografia, no momento em que o presidente empresarial (na altura) do Distrito de Viana do Castelo (e do Norte?), me entregava o troféu. É que fui, diretamente do cemitério de Vila de Punhe (por volta das 18 horas), para a Quinta do Carvalho, em Sª Marta ...acabava de assistir ao funeral de minha mãe. 
Quis minha mãe prendar-me, pelos 5 últimos anos da sua vida, em que cuidei dela?! ...Acredito!!!
A sã cumplicidade com minha querida mãe, foi até ao último suspiro.
Cá está mais uma das inúmeras e verídicas histórias da minha vida ...ninguém conhecia esta comovente situação.
Esta é a realidade da vida, nua e crua.




















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