Prometido, ontem, 24/10/2013, no meu mural do fecebook, ao publicar 3 fotografias sobre a inundação ocorrida por volta das 15,30, na rua das Azedas e não só, em Milhões, Vila de Punhe, cujas consequências poderiam ter sido bem piores.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiP9QZ9jAxMp7I0Ufu4NiUZYpunnawD5wggCZZt81H67K89KuYky_ilDMr2-bhrNBwrM2k-QNZOGPjct3xNMGhIEWlnUPiHDZPawEQ55NsrQzyTn7GjbZCU6p-EI1A56cNQiHFWdWYAo6E/s320/guilher+1.jpg)
Sei lá, há 12/14 anos que alerto para os péssimmos melhoramentos na freguesia ...e só não «condeno» a junta de freguesia eleita no dia 29 de Setembro último (embora a maioria já fizesse parte da anterior inclusive o presidente), para não ser acusado de precipitação ...precisa de algum tempo para mostrar o que vale.
Já não posso dar o mesmo «desconto» ao presidente da Câmara de Viana do Castelo, pois que há muito que anda nestas andanças, ou seja, a mandar fazer asneiras na freguesia, entre muitas outras, a desastrosa colocação do asfalte na Rua das Azedas.
Como é que um fraco pedreiro (eu), do Lugar de Arques, alertava para graves anomalias na conceção de projetos, melhoramentos para a freguesia, enquanto um engenheiro manda fazer da rua acima referida, uma enorme banheira; será que não sabe?! Resultado, já presenciei cerca de 20 inundações, umas menos, outras mais graves, como a de ontem ...minhas vizinhas pareciam andar aos mexilhões na Areosa.
Se a junta de freguesia tinha (e agora a atual, tem) por obrigação de repôr e desobstruir os caudais, a Câmara não pode fazer ao estilo: para quem é serve.
Várias casas foram inundadas (como no 3º mundo), basta ver as fotos.
Os cerca de 40ms de parede de viveiros, no quintal dos meus vizinhos (frente à minha casa), mais pareciam comportas de barragem a brotar enxurradas com violência ...as aves pareciam perguntar-se, que mal tinham feito a Deus ...uma coisa é certa: tiveram mesmo muita sorte ...neste caso andam de bem com Deus.
Na rua, a enxurrada chegou a atingir perto de 1m de altura.
Foto 1; grade, lado direito, pertence à minha casa.
Foto 2; vizinha aos «mexilhões».
Foto 3; 2 das várias comportas abertas, de onde brota enxurrada.
Foto 4; outra vizinha aos mexilhões ...a enxurrada que entra cancela dentro, à direita, vai até à estrada Viana/Braga.
Fizeram-se tantas reuniões fora da minha porta, a «dezenhar» a obra, para depois construir um piso sem evacuação de águas pluviais ou melhor, faz-se pelo centro do piso.
É caso para dizer, este disparate, não é mais que uma gota de água num Oceano.
Anho salvo por «D. Afonso Henriques, de Roques», é o título que melhor corresponde ao que se passou, no Monte de roques (Santinho), há cerca de 4 anos atrás. Já descrevi e divulguei o drama, mas não resisti à tentação de voltar a fazê-lo.
Então é assim: Ao passar no sobreiral, por altura de uma das minhas caminhadas, reparei que o muro das traseiras da Quinta da Portela S. Cristovão (que recentemente divulguei, em várias crónicas), tinha sido derrubado pelo temporal e que, no interior, cães ladravam, mas não os via, e muito menos imaginava o que se estava a passar.
Continuei monte acima e, no fim da calçada do sobreiral, comecei a ver marcas de patas de ovelha no chão ...confuso mas, mais confuso fiquei quando encontrei as primeiras ovelhas (4) na zona do (geodésico) Marco Branco, e foi assim até atingir cerca de 200ms antes da pegada. Para se fazer uma ideia, do muro da referida Quinta até aqui, são cerca de 3km, boa parte em acentuado declive.
Depois de passar por várias ovelhas inclusive espalhadas pelo matagal, deparaei com 4 grandes cães, atacar duas ovelhas mas, era o cordeirinho que lhes interessava. Reconheço que tenho enorme dificuldade a descrever o que realmente se passou a seguir: foi sensivelmente a partir do cimo, lado direi, a montante, de uma rampa em terra (ver foto). Furioso, sem pensar duas vezes, desatei cegamente à paulada, perante a feroz ameaça dos predadores ...caí 2/3 vezes na rampa, joelho direito a sangrar, mas ai daquele que se atravessasse à minha frente.
Ao fim de 15/20 minutos, consegui expulsá-los, e só depois foi ao encontro do dono que, perto do referido muro caído, ao saber que tinha salva o anho (nem acreditava), desfez-se em lágrimas. Largou o trator, correu monte acima, para abraçar o bebé.
Encontrou, durante 15 dias, quase todas as ovelhas ...mesmo assim desventraram-lhe (mataram) 6/8.
Foi, certamente, uma das mais extraordinárias histórias da minha vida, tanto mais que os cães poderiam-me ter atacado.
Foto 2 (tirada esta manhã); as duas ovelhas, mais o cordeirinho que a mãe corajosamente defendia, encontravam-se junto ao eucalíto mais grosso, no lado direito.
Hoje,14 de Outubro 2013, visitei o cemitério de Vila de Punhe, o que faço com bastante regularidade, só que hoje, foi especial, pois que faz 6 anos que faleceu o conhecido artisão funileiro «Manel Liquito», do Lugar de Arques, e autor do «Jardim de Roques», sua última invenção, situado por trás da emblemática pedreira do «Ti Zé Aurea», no sopé do Monte de Roques (Santinho).
O que a junta de freguesia não tinha, tinha o «Manel» de sobra, ou seja, ideias novas ...é que nem apoio lhe davam, bem pelo contrário ...«riam-se do maluco», e por muito pequena que fosse a despesa a pagar, era sempre ele quem desembolsava.
Dizia ele, 4 meses antes de falecer, precisamente na inauguração da sua joia da coroa, o Jardim de Roques: - «Sou revolucionário, mas tu és muito pior ... não te deixas intimidar, quando defendes a tua Terra, das garras, infelizmente, de quem não percebe patavina ...incompetentes».
Votado ao abandono, sou o único que tem fotos (25) do sonho do «Manel»; aqui deixo 4.
Foto 1; à mesa, com amigos, no dia da inauguração, enquanto eu fotografava; frente ao «Manel», o «Zé Amorim», responsável pela construção da obra.
Foto 2; piscina, com cheirinho tropical.
Foto 3; relógio «solar», sob a vigilância de Isabel, perita na matéria.
Foto 4; parabólica, menina dos olhos do inventor da obra ...a barraca, quando não guardava ferramentas, servia de cozinha.
«Manel», apesar de votado ao abandono (autêntico matagal), de vez em quando passo por lá, para matar saudades.
O verdadeiro sonho do «Manel Liquito», era um oásis ...o de contribuir para a beleza do Monte de Roques (Santinho).
Feliz por ter acompanhado as obras de perto. Abraço «Manel».
Quem acompanha meus blogues e não só, apercebe-se, certamente, dos sucessivos alertas para quem, com ligeireza, se atreve a escrever/falar sobre o Monte de Roques (Santinho) e cuja credibilidade deixa muito a desejar, para não dizer zero.
Aqui deixo dois exemplos entre centenas doutros, a justificar repúdio, mil vezes manifestado, para quem não tem vergonha de tentar fazer dos outros anjinhos. Para quem tiver dúvidas, pode sempre consultar as cerca de duas centenas de crónicas que dediquei ao meu berço de infância que é, o Monte de Roques (Santinho).
Na 1ª fotocópia: procurar no Google, «Lenda das pegadas do Santinho», cujo autor, logo à partida, mostra não saber o que diz, pois que é pegada no singular (uma pegada) e não no plural.
Mais grave, diz que o Monte de Roques fica situado para os lados de Vila Franca, Mujães e Subportela; ...é preciso ter lata, para omitir (banir) Vila de Punhe.
Na 2ª fotocópia: procurar no Google, «Monte Santinho», onde para além do muito, muito mais, vai ter o «nojo» de ler, a «Associação Desportiva Cultural e Social de Subportela» dizer, que é no geodésico (Marco Branco, ver 4ª foto), que se faz a junção das 4 freguesias, Subportela, Vila Franca, Vila de Punhe e Mujães.
Costumo dizer que, mentir a mentir, que a mentira seja gorda ...é o caso.
A cerca de 600 ms do Marco Branco, a montante, direção à pegada, existe um marco, espécie comenda (ver 3ª foto), esse sim, delimita Subportela, Vila Franca e Vila de Punhe.
Grave é o fato de (com raríssimas exceções), as juntas de freguesias não conhecerem os limítes nem a história da sua freguesia.
Simplesmente uma vergonha, para não dizer um escândalo.
Procure no Google ...não se vai arrepender!
Repúdio para quem escreve/fala assim do Monte de Roques (Santinho).
continuarei atento ...não duvide.