sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Umbilical que me liga ao Monte de Roques (Santinho)

Ainda há bem pouco tempo, numa das minhas crónicas, abraçava aquela nascente, situada a cerca de 300ms do balneário (achado de Tarcisio Maciel) e 700 do panorâmico penedo (pegada), devido às vezes que saciei a sede assim como o gado que pastoreava, na minha infância. Atribuí-lhe o nome de Moura Encantada, há cerca de 3 meses atrás, por ser a única no Castro de Roques (Santinho). Note-se que tanto o curso de água como o balneário pertencem à freguesia de Vila Franca. 
Mas não é, pelo menos para mim, a Rainha do Monte, e veja porquê: A nascente da Chãs, Monte de Roques (Santinho), na bouça da «Tia Mélia da Benda» (marido era conhecido por gaio) (Arques),  fica à volta de1000ms das primeiras casas do Lugar de Arques, e à mesma distância do geodésico (Marco Branco)  cujo caudal , a partir da nascente, se não é, não deve andar longe, desconhecido, da população de Vila de Punhe.
 Então é assim: desce monte abaixo, passa a 200ms (à direita) da histórica casa em ruínas, no Mirante, onde se faz a junção, com outro curso, que também nasce nas chãs, a 500ms à esquerda do primeiro; continua até ao rio do monte; segue pela cangosta, entre a Quinta do Carmo e a do Sousa (Bonfim), até ao Largo do Ribeiro (Bonfim); depois de passar pelo Rexio, encontra o pontilhão (lado direito da sede da junta de  freguesia) ...e vai perder-se pelos caudais dos campos, via Monte da Infia. Da nascente ao Rexio, o caudal situa-se no Lugar de Arques (onde nasci).
Há sensivelmente 2 anos, tinha, a partir da nascente, descido o caudal até à referida casa em ruínas; esta manhã fiz ao contrário, subi, e devo dizer que foi muito mais fácil. Seja como for, não faça isso, é muito, muito perigoso.
Foto 1;  sensivelmente a meio da íngreme subida ...compensado com beleza natural.
Foto 2, sitio exato da nascente, nas Chãs.
Foto 3; a 50ms da nascente, passagem da água pela bonita meia cana, talhada no penedo ...25ms acima, de barriga no chão, saciava a sede, mais o gado, na minha infância.
Pelo exposto, é o umbilical que me liga ao Monte de Roques (Santinho). 
Manhã extasiado com tanta beleza ...sem palavras. 


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ancestralidade da freguesia empobrecida



 

Seja de que nível cultural/social for, os vilapunhenses, na sua grande maioria, «estão-se nas tintas» para a história  da sua terra e sobre tudo do Monte de Roques (Santinho). E é assim que, quase sempre, o património desaparece, mais grave, em total impunidade, e para não fugir à regra, dou um exemplo: 
No rexio encontra-se uma captação de água, destinada à Quinta do Outrelo (vulgo Dª Inês), conduzida através de antiga  canalização, formada por pedras duplas, com meia cana, sobrepostas.
    Ora, e como pode ver-se numa das fotos, foi totalmente destruída, e vendida, pelo proprietário, a freguesia semi-vizinha ...falta saber se o podia ter feito, pois que se encntrava na via pública, encostada a parede alheia à quinta. 
Espante-se, o intermediário na venda chegou a ter, de uma fora ou de outra, responsabilidades na freguesia de Vila de Punhe, ou seja, «para mi bolsilho, mi cago em mi palavra» ...lamentável.
Não é a primeira vez que toco no assunto mas, e a não ser por mais, para acordar a população. Até cheguei à conclusão de que, quando o proprietário da quinta não é um herdeiro, ou melhor, não é familiar (é forasteiro), a falta de sensibildade pelo património é gritante.
Foto 1; à esquerda, captação no rexio, e o caminho, à direita, por onde segue a água para a quinta mas, agora, através de tubos.
Foto 2; à direita, a canalização destruída, e, ao fundo, portão das traseiras da quinta.
E ninguém fez/faz nada...revoltante.















sábado, 16 de novembro de 2013

Nomeados para «Prémio Nobel» de bom comportamento em Paris



Nas cercas de 3 décadas que tive cães como companhia, evitei sempre a trela e, por todo lado, sobre tudo em Paris, França, o comportamento de Tobby e Rocky causava admiração; é que nem desciam do passeio sem minha autorização.
Num Monoprix (supermercado), sito Rua Raymond Losserand, Paris 14ème, o gerente ficou de tal forma sensibilizado, que pediu  se os podia fotografar, no topo de escadas que conduziam ao subsolo; prometendo que mas enviaria pelo correio.
Os animais, um pouquinho assustados, estavam dentro de estabelecimento, com muito movimento, e nunca se sabe, pode haver sempre um maldoso que ...o certo é que, como de costume, não mexeram dali, até eu chegar.
Veja nas fotos, onde ficou o Rocky (mais pequeno ...Briard), e o Tobby (perdigueiro), assim como a mensagem do sr. Jean-François (tradução): -«Eu sou fiel  à minha promessa, simpáticamente, uma carícia a vossos cães, da minha parte». 
Belo exemplo, no sentido largo do termo, tanto da parte dos animais (bem comportados), como do gerente que, para além de mostrar que gosta verdadeiramente dos animais, teve palavra.
Isto foi há cerca de 25 anos.
Não tenho mais que dizer, a não ser: que sirva de exemplo.

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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Viana do Castelo prédio resiste às garras de fingidos




Todas as tentativas para demolir o prédio Coutinho, regadas com  maldade, ódio, vingança, inveja e politiquíces, deram em águas de bacalhau, prova disso, ainda está de pé.
Até o anterior 1º ministro, a certa altura, de passagem por Viana do Castelo, quis meter o bedelho, ao sentir-se profundamente indignado com o «atentado cultural» no centro histórico da cidade; «disponibilizando-se para acionar a alavanca, ou seja, derrubar o prédio e, assim, provocar enorme explosão de alegria no amigalhaço de Viana».
 Exemplo do que acima referi, sobre os motivos evocados para a demolição, foi o fato de ninguém se ter apercebido dos «4 inestéticos elefantes brancos a pastar no jardim da marginal», sensivelmente na mesma zona do prédio Coutinho. Note-se que não foi menos estranho, bem pelo contrário, o silêncio aquando da desventração da bonita Praça da Républica, para lá enterrar a piscina Karamuru. 
Há cerca de 12 anos atrás, acompanhei o Grupo Juvenil de Atletismo de Vila de Punhe, numa prova em plena rampa da Serra da Estrela,  Covilhã, e qual não foi o meu espanto, ao ver esta «torre» (ver foto). Instintivamente comparei ao prédio de Viana do Castelo, este, estéticamente superior, a meu ver.
Talvez, devido à idade, já não é quaisquer barretes que me ficam bem, e interroguei-me se não haveria gato enterrado com rabo de fora, ou coisa parecida, e foi assim que, pouco e pouco, através de informações inclusive na imprensa, fiquei a saber que era a terra do indignado 1º ministro e, espante-se, na conceção da obra,  esteve envolvido um parente próximo.
Acompanhei de perto este longo/maldoso episódio, tanto mais que 2 primos viviam  (agora, só um) no prédio Coutinho.
Mais um daqueles disparates de bradar aos céus, cujo  prejuizo ainda está no silêncio dos deuses.
Se tivessem olhado ao que o velhote tantas vezes disse, quem anda de má fé, tropeça sempre, não lhes tinha saído o tiro pela culatra, ou seja, explodiram.
O que mais me revoltou, foi a  falta de sensibilidade dos intervenientes, assim como a dos inúmeros fingidos.

  


sábado, 2 de novembro de 2013

Nem Vincent Van Gogh teria pintado assim a Boca de Serpe

Tenho banalizado o mito boca de serpe, Castro de Roques (Santinho), nas inúmeras crónicas divulgadas, em particular no que respeita os  dois buracos (6 e 9 ms de comprimento), ou seja, de pouco interesse pois que, como estes, existem outros. Sendo assim, tenho dedicado o meu tempo em busca  de beleza que os possa envolver mas, para isso, não fui lá uma, duas vezes (ou nenhuma), como faz a maioria (todos).
Fui o primeiro a entrar dentro do buraco (do lado direito, o mais temível), no dia 18 de Julho de 2012, e, desde então, encoragei 9 a fazer o mesmo, comigo.
Na parte que me toca, nunca mais parei de o fazer, só que, no Inverno, com a escorrência de águas pluviais, inunda; e chega a atingir, no limite dos 9ms (o buraco mais comprido, lado direito), cerca de um metro de profundidade. 
Se os buracos provocaram/provocam mil e uma invenção popular (mitos), vem do fato de, ao longo de décadas (séculos), o medo se ter instalado nas pessoas como, por exemplo, o de que, quem entrasse, não saía, por falta de ar ...pura mentira, como se veio a verificar, quando entrei, pela 1ª vez, ainda para mais, sozinho.
O Monte de Roques (Santinho) é um valioso baú de surpresas, veja mais esta: 
 Para entender, com a máxima certeza, o que era a Boca de Serpa, durante todo ano, para além das muitas, muitas outras, fui lá uma vez, em dia de medonho temporal, ida e volta de pés encharcados, e foi assim que fiquei a saber, que o que inundava a gruta era escorrência de águas pluvias, fachada abaixo; quantas vezes ouvi dizer que vinha do Rio Lima, através de um poço ligado ao rio, etc.
As fotos foram tiradas ontem de manhã (Sexta-Feira, 1/11/2013) ...chuvia a cântaros.
Foto 1 e 2; são exatamente as mesmas (buraco lado direito), tiradas num espaço de 30 segundos ...fantástica alteração de cores.
Foto 3 e 4, a mesmo coisa mas, no buraco do lado esquerdo ...muito menos interessante.
Publicarei mais algumas mas, para já, regale-se com este fenómeno ...fantástico ...imagens inéditas. 
Nem Vincent Van Gogh teria pintado assim a Boca de Serpe.