sábado, 21 de dezembro de 2013

Ainda o bailado dos marcos Monte de Roques (Santinho)


Várias vezes referi-me aos marcos espalhados Monte de Roques (Santinho) acima, e voltarei a fazê-lo, cada vez que brotem novidades, como é o caso.
Encontrei, há cerca de um mês (foto divulgada no Facebook), um marco com o nº 40 gravado (ver foto), na zona da Maravilha, não longe das primeiras casas do Lugar de Arques e parcialmente escondido no pedregulho. Conheço muitos outros, na maioria, com as iniciais dos proprietários das bouças, que eles delimitam mas, como este, é o único.
Provávelmente (disse bem provávelmente) tem a ver com antiga pedreira, ao lado  da do «Tone Martins», onde também se encontra a bela escultura do «meu amigo ursinho» (vezes sem conta divulgada), pelo fato de, na minha infância, quando passava por ali, monte acima, com o gado, recordo-me muito bem, ter visto uma enorme cruz em madeira, em cima do penedo do «ursinho». A  bouça, essa, pertencia ao «Ricardo» (Arques); também era conhecida, cá está, pela bouça da «cruz quebrada».Tudo converge para que o nº 40 se refira à existência desta pedreira nos anos 40. 
Desde que descobri o referido marco,  «nem durmo» e, por muitas voltas que dê à cabeça, volto sempre à estaca zero, ou seja, à pedreira onde mora o «ursinho», pois que corresponde sensivelmente à data da existência desta ...e só mais tarde  é que abriu, então, a pedreira do «Tone Martins».
As iniciais «CM» dizem respeito à Casa do Monte (Quinta); e as iniciais «P», à bouça do «Pato», antiga central camionagem de Barroselas, agora pertence aos herdeiros do «Xula» (Arques). Note-se que 95% dos marcos que delimitam as bouças no Monte de Roques (Santinho) pertencem aos proprietários das bouças com as iniciais «CM e P».
A população de Vila de Punhe, onde se situam, quase na sua totalidade, estes marcos, conhece muito pouco sobre a verdadeira utilidade, e muito menos o significado das iniciais ...desengane-se, até «diplomados» (que têm a mania que percebem) falam, sem saber o que dizem.
O último marco tem dupla função, o «P» para delimitar bouças, e a «Cruz Comenda» as freguesias ...neste caso Vila Franca/Vila de Punhe.
Nunca ninguém levou tão alto/longe a ancestralidade do Monte de Roques (Santinho) ...até parece que não tem fim ...não fosse o  último achado (marco) prova disso.
A minha maior preocupação é a de divulgar a minha terra  com a máxima seriedade e, a não ser por mais, estou farto, mesmo farto de mitos, mentiras ...a comprová-lo, foram necessários cerca de 12 dias para concretizar esta crónica.







1 comentário:

  1. Olá António!
    É com muito gosto que leio alguém a falar do monte Santinho, monte no qual eu habito, na sua encosta.
    Já fiz vários passeios e voltas de bicicleta e já descobri vários marcos, inclusive o marco geodésico, e alguns castros. No entanto, estes marcos que nos mostra aqui a cima, nunca os vi, nunca vi estas inscrições, o "P" e o "CM". Onde é que se podem encontrar? Tem coordenadas GPS?

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