domingo, 28 de outubro de 2012

Boca de serpe corajosos às gargalhadas

Como disse no meu mural do Facebook, comentário à foto que tirei, esta manhã, 28 de Outubro 2012, com o Dr. Manuel Moreira (Vila de Punhe), no Monte de Roques, não longe da pegada, tive, como se costuma dizer, uma manhã de muita sorte.
Para além de ter encontrado e trocado 2 dedos de conversa com o meu amigo médico, acima referido, levei 2 corajosos, com a garantia de que não borraram as calças, de medo, dentro do temível buraco, da boca de serpe, no Castro de Roques, ainda para mais, o do  lado direito, com cerca de 9 ms de comprimento: O Daniel Campos (pintor), e «Manel Pereira (Moreira)».
Para desgosto de 99% de aldrabões sem escrúpulo, as fotografias não deixam dúvidas ...estão mesmo no interior e no limite da «gruta» ...já não podem andar para aí a berrar de que eu é que (desde o dia 18 de Julho 2012, data em que desvendei o mito da boca de serpe) ando a mentir.
Claro que, e não podia ser de outra forma, desataram às gargalhadas (e eu também), ao desvendar, com os seus próprios olhos, o falso terror das 1001 versões que ouviram contar, ao longo de «séculos», sobre a boca de serpe.
O Daniel, de Subportela, mas vive em Vila de Punhe, foi honesto, ao dizer que tinha ido lá muitas vezes, mas nunca tinha entrado (ido tão longe) como esta manhã; o «Manel» já me tinha dito que nunca tinha entrado mas, ambos, estavam encantados com que viram, ou seja, o fim do mito, da aldrabice.
 Fica provada, ao contrário de pseudo-historiadores, que nunca lá entraram, a credibilidade de tudo o que tenho divulgado, ao longo dos anos, sobre o berço da minha infância, o Monte de Roques. Note-se que até o arqueólogo Tarcísio Maciel diz (e foi pena ...podia se ter informado melhor) no Facebook, que o Monte de Roques pertence a Vila de Punhe ...não é verdade, pertence a várias freguesias inclusive Vila de Punhe, e a do Daniel Campos, Subportela, onde está situada a boca de serpe e a pegada.
Claro que fico contente que haja mais gente a entrar no «buraco» ...é que ninguém tinha entrado ...só eu, no dia 18 de Julho 2012, e, agora, estes 2 corajosos ...sou testemunha. 


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Perdi mais uma companheira de Roques

Depois da «Pura do Vieira» (25/11/2006), faleceu a Laurinda da «Videira» (foi a enterrar hoje, 22/10/2012, pelas 17 horas, em Vila de Punhe), ambas (como eu) do Lugar de Arques.
Há pouco mais de 6 décadas atrás íamos, 5/6 vezes por semana, pastorear o gado para o Monte de Roques ...mas o número crescia quando se juntava (embora muito menos regular) a «Carma da Xica» (Arques), a Cândida (criada da minha querida (Ti Maria), os «Queira», os Amorim, os da Celeste, do Paço, Mujães, entre mais alguns. Todos, 3 a 5 anos, mais velhos do que eu, daí, o inevitável namorico. 
 Nesse tempo era o «Tone Bitolo» quem guardava ror de bouças, inclusive de alguns meus familiares. Como era mais novo (bô rapaz), não tinha problemas ...já os outros, eram autenticas flechas/balas a fugir/saltar muros à frente do guarda-bouças (Bitolo), de Milhões. 
Pelo historial foi, certamente, o período mais alegre e movimentado do Monte de Roques ...era o tempo do João Sousa («Russo» ...um maldoso), do Fernando Liquito (pai do meu amigo artesão funileiro, «Manel»), etc. E foi nesse período que, no mês de Maio, dia de festa das Rosas, que uma toura, com as patas traseiras, depois de me ter atirado ao chão, com o traseiro, feriu-me, na parte inferior, do lado direito da minha boca  (ver foto) ...quem tem acompanhado os meus escritos, verifica que em nada mudei, antes pelo contrário, piorei e muito, hehehehehe!!!
Por volta de 1954/55, foi o despertar migratório, e o Monte de Roques sofreu muito com isso, ou seja, foi pouco e pouco votado ao abandono, ao ponto de se transformar num inacessível matagal, e que se mantém. 
A Laurinda é prima da minha falecida mãe (é minha segunda prima). Ela leva um bocadinho da minha vida mas, ao contrário de mim (louco pelo berço da minha infância, o Monte de Roques), «desprendeu-se por completo», do antigamente, diria mesmo que, e como ela dizia, «prefiro a França» ...de nada valia tentar demovê-la, de que a nossa terra, apesar de tudo, era um sonho; e continuo a considerar que fez a escolha errada ...a última vez que falamos nisso, foi no seu apartamento, na SOCOMINA, Viana do Castelo, durante umas férias.
Foto 2, marcas das referidas cicatrizes ....nesse dia Laurinda também estava ...tinha ido com outras amigas, à frente, com pressa de ver a festa.
A inesperada desaparição, abalou-me muito. Companheira do  Monte de Roques, um forte abraço.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Monte de Roques arriscada experiência

Manhã de Quarta-feira, 17 de Outubro 2012. Confesso não me recordar ter ido ao Monte de Roques com tanta chuva, mas valeu a pena. Qualquer experiência desta natureza, é arriscada, de tal forma que, por 4/5 vezes, tive que circundar, mato dentro, para voltar ao caminho florestal.
Logo a seguir ao sobreiral, já nas traseiras da Quinta da Portela, foi preciso patinar, para vencer a calçada transformada numa autêntica «cascata» de enxurrada. 
Até ao marco branco, nunca tinha assistido a ímpar espetáculo ...é que saía água por todo canto e esquina. Depois, e até à pegada, aplica-se o que disse no início, ou seja, enormes charcos de água intransponíveis, a não ser de pés alagados, e foi o que tive de fazer.
No Balneário, pesquisa de Tarcisio Maciel, a água estava com cerca de 20 cm de altura. Na pegada, já tinha assistido a vento muito mais violento, mesmo assim, a força da chuva vergava a bandeira, prestes a cair.
Por 4/5 vezes pensei desistir desta loucura, de dar meia volta, voltar para trás mas, a vontade de ver como era a boca de serpe, em dia de tanta chuva e foram pouco mais de 2 horas debaixo dela, deu-me coragem. Então é assim: A água caía fachada abaixo, entrava e inundava o temível buraco (gruta), do lado direito, que já atingia, nalguns pontos, 30/40 cm de altura. 
Fica comprovado que a água não nasce no buraco (os), como escrevem/falam mas, isso sim, é depositada, resultado das fortes chuvadas. Vi com os meus próprios olhos, e durante, sensivelmente, 25 minutos.
Como é óbvio, não havia ninguém no monte, diria mesmo, não acreditar que, alguma vez, alguém o tivesse feito, em tão adversas condições. 
Foto 1; enxurrada pela referida calçada abaixo.
Foto 2; penedo panorâmico, bandeira ameaça cair.
Foto 3; boca de serpe, muita água a cair da fachada, e a entrar «gruta» dentro.
Foto 4, interior da «gruta», nível da água a subir. 
Não sou doido ...gosto do que faço ...da minha linda terra.






domingo, 14 de outubro de 2012

Recordar autor do Jardim de Roques









Faz hoje 5 anos, 14 de Outubro de 2012, faleceu «Manel Liquito». Escrevi várias vezes sobre a inesperada notícia e não só. 
Adorava a sua terra, o que provocava constantes «conflitos», com a incompetente (assim a qualificava) junta de freguesia de Vila de Punhe. 
Claro que estava em sintonia com o Manel, diria mesmo, era/sou mil vezes pior, tanto mais que, a junta de freguesia,  desde há mais de 14 anos, só soube destruir, nunca se interessou pela iniciativa do Manel, ou seja, pelo Jardim de Roques. Espante-se: passaram-se mais de 14 anos a fazer discursos (bem regados com mentiras) sobre a cultura na freguesia, mas nunca fez nada, a não ser, entre outros, a lixeira da Portela, a instalação de um enorme e inestético viveiro em cima do espaço reservado ao recreio da escola primária de Vila de Punhe ...o viveiro, assim como a enorme banheira da Rua das Azedas, ficarão, para a história, o bilhete de identidade da tremenda incompetência desta junta de freguesia. Só visto.
Recordo-me do ainda presidente da junta de freguesia, durante a eleição para o primeiro mandato, ter dito que o anterior, em tantos anos, nada tinha feito. Ora, a escola primária, o infantário, a transformação em junta de fregueisa da antiga escola primária, o relvado do Neves FC, e muito, muito mais, é obra da anterior junta. 
Caricato: Quantas vezes adicionou à sua obra feita, o que outros fizeram, por exemplo, o balneária, resultado da pesquisa de Tarcisio Maciel, no Monte de Roques ...é que nem sabia que a localização pertence a Vila Franca.
Estás a ver caro «Manel Liquito», apesar das mil e uma tentativas p'ra me calar e foram tantas, ao longo da minha vida inclusive no estrangeiro, ainda cá estou, para cumprir o prometido ...denunciar.
Foto 1; Lampião da inauguração, que reflete bem o atual estado de abandono em que se encontra o Jardim de Roques. Lamentável.
Foto 2, A grande alegria do «Manel», no dia da inauguração, rodeado de amigos.
Foto 3, ironia do destino, última obra que construiu, as escadas que certamente o levaram ao céu ...é que, e ao contrário do que muitos possam pensar, era de uma grande generosidade.
Foto 4; crónica que escrevi no dia da sua morte, há 5 anos.
Forte abraço «Manel». 


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Quantas vezes andamos longe da realidade!!!

As 3 sandes encontradas numa valeta da Rua da Portela, tema de uma das minhas mais recentes publicações, no mural do Facebook, se por um lado surpreende, pois que custa acreditar, pelo outro, estranho o silêncio, que me serve para medir a isenção de quem tanto critica ricos e não só. 
É que, para além de ter aprendido a poupar com a minha querida mãezinha, e tenta-lo, na medida do possível, transmitir aos outros (pobres),   tento seguir, em ponto pequeno, a enorme generosidade de Madre Teresa de Calcutá.
Ao mesmo tempo, deixo ficar bem claro, qual é um dos principais motivos que me leva a ficar de fora das inúmeras avalanches de criticas (para não dizer politiquices), venham elas de onde vier. Defendo outros valores como, por exemplo, agir.
Todas as semanas  apoio (recebo), em números crescentes, quem menos tem, e estou em condições de afirmar, que nem sempre é fácil; é preciso ter muita, muita força de vontade assim como paciência ilimitada. Veja só esta situação, entre dezenas de outras: 
Dava um trigo e uma lata de atum (ou outra coisa) a alguém mas, a certa altura, pediu-me, também, um copo de vinho: passou a beber o copo de vinho, e levava a lata e o pão para comer mais tarde.
A minha «estrelinha celeste» iluminou-me, ou seja, «mandou-me» obrigá-lo a comer ali, e só depois o copo. Ora, há cerca de 3 meses atrás, fiz a experiência sugerida pela «estrelinha» e, enquanto ficou a comer (à porta de entrada) uma sande com queijo de cabra francês (tirado da boca p'ra lho dar...só tinha aquele), fui buscar o copo de «alentejano». Quando voltei apercebi-me de um certo mal-estar mas, não sou bruxo! Era domingo à tarde.
Na segunda-feira, a «estrelinha», que não me deixou dormir durante toda a noite, empurrou-me cama fora, para ir regar, e fui! A certa altura, junto às grades e referida porta de entrada, saltou, à minha frente, do jardim, com a força da água, algo de bizarro, e só depois de tocar com os dedos, é que vi que se tratava das rodelas de queijo de cabra que, no dia anterior,  tinha metido no trigo.
Confessou o «crime» ...disse-lhe que estava perdoado mas, mais vinho é que não! Desde então, não voltou mais a passar por minha casa ...para bom entendedor, meia palavra basta, ou seja, deitava a comida, de boa qualidade, fora.
Quantas vezes as pessoas inclusive no facebook, estão longe, muito longe da realidade.
Esta história faz parte de muitas outras, que aconteceram, desde que tento copiar, em ponto pequeno, Madre Teresa de Calcutá.






segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Quando se ama de verdade!!!

Estive pouco mais de 29 anos em França mas, muito importante, com um pé em Paris, outro no Lugar de Arques, sito sopé do Monte de Roques (Santinho), berço da minha infância.
Digo isto pelo fato da Monografia de Vila de Punhe, editada em 2001, ter registado, para os vindouros, a existência, na freguesia, de um sem número de atividades culturais e não só, e para dar um exemplo, a «Associação dos amigos do Monte de Roques», que nunca saiu do papel, e, mais grave, nunca me cruzei com ninguém, disse bem ninguém, nos labirintos do monte, que pertencesse à referida associação.
Não estaria de acordo com a minha índole se dissesse, que na Monografia de Vila de Punhe, está tudo mal ...agora, que muito do que lá está, serve p'ra deitar ao lixo, disso não tenho dúvidas. O autor respondeu, quando, depois de ter lido o livro, o chamei atenção, para o que tinha a ver, com a Monografia, o (péssimo) arranjo de pisos de «ruas» (politiquices), dizia que não era da sua vontade ...para bom entendedor, está mal! ...mas assinou por baixo. Note-se que na primeira vista d'olhos que dei à Monografia , até gostei muito ...o pior foi quando detalhei.
Não leve a mal, por dizer, mais uma vez, que «exijo» provas daquilo que se afirma, quando se fala/escreve, sobre a beleza do querido berço da minha infância, o Monte de Roques (Santinho).
Esta foto foi tirada, no Monte de Roques, durante as férias do mês de Agosto de 1977. Da esquerda para a direita: - Meu irmão mais novo, Domingos (falecido há 15 anos); eu (a beber); Fernando Carones, e o «Lélo» da Maria da Videira, ambos de Arques.
Termino confidencialmente: - Como no amor, nunca traí o Monte de Roques ...quer melhor prova?!


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Monte de Roques seguir as pegadas

Se era «top secret», falhou! Ontem, Domingo, 30 de Setembro 2012, por volta das 19,15 horas, estava a conversar com a corajosa rainha de roques, Palmira Soares (ver crónica sobre ela), no adro da igreja de Vila de Punhe, a cerca de 30 m do cruzeiro, lado Lugar de Arques, quando aparece um grupo de pessoas vindo do Monte de Roques (Santinho). Segundo Manuel Pereira (Moreira) que, esta manhã, fez-me companhia até ao sobreiral, viu passar cerca de 20 mas, mais «generoso», diria o dobro, sensivelmente 40 peregrinos.
Bastava seguir-lhes as pegadas, para adivinhar o trajeto, mas foi (e era a principal curiosidade ), a ler no número de marcas de sapatos, junto da boca de serpe, e até ao meio do buraco do lado esquerdo, com cerca de 6m de comprimento, onde «houve maior concentração». 
Quanto ao temível buraco do lado direito, com sensivelmente 9m, não detetei sinais de que alguém
tivesse tentado entrar lá dentro; até admito que algum corajoso (a) o tivesse feito pois que, na minha crónica de 18 de Julho 2012, desvendei o que era, afinal, o «secular» mito e, por arrastamento, toda a gente sabe, agora, que não corre perigo ...a não ser medo.
Levou-lhes pouco mais de 5 horas, ou seja, não se cometeram erros do passado, melhor, não fizeram a visita a galope.
Espante-se, alguns, entre os peregrinos, tinham-me dito que queriam ir comigo lá cima ...preferem «multidões», dá mais nas vistas ...também é para isso, e só para isso, que eles vão.
Foto 1, não há marcas de que alguém tivesse entrado na temível «gruta» do lado direito.
Foto 2, «mil pegadas». 
Apoio quaisquer visitas ao Monte de Roques (mesmo aquelas que dão largas à mentira), e a não ser por mais, faz bem à saúde.