quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Valiosa nascente na Citânia Moura Encantada

Outrora, com 9/10 anos de idade, saciava a cede assim como o gado que pastoreava, numa nascente que, desde a referida idade, perdi de vista, ou seja, desde há mais de 60 anos atrás.
No dia 31 de Agosto último, em jeito de guia a 2 jovens, levei um (o outro teve medo (?), visitar o interior da gruta boca de serpe (boca de serpente), e logo a mais temível que é, a do lado direito, com cerca de 9 ms de comprimento; a do lado esquerdo tem 6 ms.
Já no fim da visita, fiz pequeno desvio para mostrar o balneário, pesquisa do arqueólogo Tarcisio Maciel, que, diga-se de passagem, está votado ao abandono. E, ao contrário do que incluía na sua obra feita, o ainda presidente da junta de freguesia de Vila de Punhe, este achado não está situado na freguesia de Vila de Punhe, mas sim, em Vila Franca (mais uma vez , como nos seus discursos, mostrava que não conhecia a ancestralidade da freguesia que «governa».
200m mais abaixo, com o «Zé Manel Guimarães» (e eu), a puxar pela memória, e depois de ele ter descido íngremes 40 ms de declive, num ímpeto gritou: «é aqui a nascente!»  ...só depois segui os seus passos.
Ao reencontrar-me, ao fim de tanto tempo, cara a cara, com a rara singeleza da nascente, ainda «pensei ter que chamar o 112», tal era o meu estado emocional...é que depois de ter voltado de França, em 10 de Avril 1990, todas as tentativas foram vãs para reencontar um dos principais brinquedos do berço da minha infância que é, o Monte de Roques (Santinho) ...isto depois de ter passado, vezes sem conta,  a escassos metros; o matagal também não ajudava.
Ainda há bem pouco tempo alguém dizia (o que eu defendia/defendo desde o tempo do «berço»): -« temos tudo para fazer do Castro de Roques (Santinho) "povoado antigo", um autêntico oásis a visitar. Note-se que também era esse o desejo do falecido artesão funileiro «Manel Liquito»), autor do »Jardim de Roques» ...revoltado com a passividade da junta de freguesia, que nunca lhe deu apoio, extensivo a «historiadores» e jornalecos locais. 
Se Bruno Miranda não teve medo de entrar na boca de serpe, o «Zé Manel» surpreendeu-me agradavelmente, pelo amor que tem à natureza ...não se veio embora, apesar da fome, sem deixar a bica limpa.
Não conheço outra nascente, a não ser captações relacionadas com as 5 quintas no sopé do Monte de Roques (Santinho), e muito menos no Castro de Roques...é a única (até prova do contrário). Apercebe-se sinais junto ao balneários, mas de água nunca ...nem se sabe se abastecia e/ou faz parte da mesma nascente ...penso que não!
Temos a entrada escancarada para dar ainda mais brilho ao histórico Monte...era o pilar que faltava.
Se andar com sorte, pode muito bem encontrar a Moura Encantada (Alexandra Silva), sentada na comenda (marco delimitador), a embelezar, ainda mais, o Castro de Roques (Santinho), que não para de nos surpeender.
O reencontro com a nascente deu cabo de mim. Maravilha!








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